Prática sindical autônoma na organização operária

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Prática sindical autônoma na organização operária

Messagepar NOSOTROS » Mardi 29 Jan 2008 0:25

Lu sur le site des copains du Brésil : la pratique syndicale autonome dans l'organisation ouvrière

Où il est question d'auto organisation des travailleurs, des epxloités, des dominés, comme on veutles appeler, sur des formes de luttes spontannées et auto organisées

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http://www.cob-ait.org/index.php?option ... 6&Itemid=9

A IMPORTÂNCIA ESSENCIAL DA PRÁTICA SINDICAL AUTÔNOMA NA ORGANIZAÇÃO OPERÁRIA

A questão da luta pela liberdade de organização dos trabalhadores é uma questão central, relacionada com a essência mesma da autonomia operária, e por isso tangência o limite do institucional, dentro da concepção anarco-sindicalista histórica. Por essa mesma questão é que devemos entender a diferença entre o sindicato livre e o sindicato revolucionário. Todo sindicato revolucionário tem de ser, necessariamente, livre. O contrário nem sempre é verdadeiro, por exemplo nessas estruturas tipo ‘Pastorais’, autônomas frente a partidos, frente ao governo, frente a patronal e ao ‘latifúndio’, mas dependente da Igreja – logo a mercê de sua política direta e de alianças.

O que define a autonomia operária, dentro da visão anarkista, se define na prática social, pela a sua capacidade de criar relações sociais radicalmente antagônicas frente às relações sociais capitalistas. Como princípio do anarkismo a autonomia operária se expressa pela ação direta contra o capital, realizada a partir dos locais de produção, que são a espinha dorsal do capitalismo. É a prática dessa ação direta que leva a unificação dos trabalhadores na luta, quebrando a dicotomia entre quem decide e quem faz, esvaziando a relação entre dirigentes e dirigidos. Essa prática deixa para trás a política burguesa da representação por delegação de poder. Essa prática também tem o condão de unir todas as frentes de luta econômicas, sociais e ideológicas, tendo por objetivo não a tomada do poder do Estado, mas a construção do socialismo. Para isso se distingue nossa prática social, prefigurando o objetivo da organização: o controle e a gestão direta d produção e de toda a vida social.


Na história da luta de classes é dessa prática que se materializou o próprio anarkismo e como amadureceu seu projeto desde a revolução francesa, com as Associações Populares e as Reuniões Públicas dos sans-culotes, passando pela Comuna de Paris de 1848 e, com a fundação da AIT em 1864, principalmente, 1871; pela revolução mexicana de 1910; pela revolução russa; pelo processo que envolveu as revoluções alemãs de 1918 e 1921 e pela importância histórica da revolução espanhola de 1936.

Manifestações mais recentes, após a 2ª Guerra, se expressaram na revolução cubana de 1957, bem como em muitos movimentos de libertação nacional, apartidários em seu nascedouro; nos movimento da juventude, dos hippies aos punks; ;-) nos movimentos ecológicos; o Maio de 68; na revolução dos cravos de 1974; na revolução sandinista; no relançamento da AIT-IWA a partir da década de 80; no levante Zapatista em Chiapas; no levante da Praça Tian na Men; nas manifestações de Seatle e no movimento anti-globalização; na Comuna de Oaxaca de 2006! Em nossa própria prática, que nela se referência.


Mas a concepção que fazemos da classe operária, distinta da concepção reducionista do marxismo que o vê como o elemento ligado a indústria, é a que se desenvolveu desde o artesão, sendo operário o que opera, o que obra, produzindo um bem social útil. Esse não é um conceito moral, mas um fato social. Assim a classe operária não tem realidade em si até quebrar a sua própria alienação. Na prática da atual estrutura social a realidade conhecida pela classe operária é a forma como ela se organiza. A questão em si é contraditória, pois de um lado a classe operária é organizada pelo Capital, dentro das relações que o sistema capitalista impõe, dentro de uma determinada capacidade tecnológica, determinada pelos meios de produção. É claro que essa forma de organização submete o trabalhador, alimentando sua alienação, confundindo sua capacidade de compreensão do processo de organização do trabalho e sujeitando o indivíduo à hierarquia, cada vez mais rígida – tendendo a sua militarização. Dessa forma a classe operária, a classe trabalhadora, o proletariado, os trabalhadores dos campos e das cidades, os excluídos, ou como queiram chamá-la, está organizada para o benefício do capitalista.


Mas, ao mesmo tempo, por outro lado, os operários desenvolvem entre si relações livres e coletivistas, que se materializam nos momentos de luta direta contra o Capital e o Estado, e nessa luta contra o sistema de exploração a classe operária elimina a hierarquia, a burocracia e a centralização, impostas pelo sistema. É nesse contexto que se construiu a organização histórica de luta da classe operária, o sindicato revolucionário. A classe operaria auto-organizada lutando diretamente pela realização de seus próprios objetivos.


Da contradição entre essas duas formas de organização da classe operária se conclui que enquanto houver a relação de opressão e dominação, hoje materializada pelo selvagem capitalismo de mercado, haverá sempre um nível de ação auto-organizada, que se materializa nos picos de luta. A própria disciplina da linha de produção e do capital suscita as formas de luta espontâneas, frente às limitações impostas pela institucionalidade estatal, sempre caracterizadas pela horizontalidade das decisões assembleárias, pelo federalismo das unidades associadas e pela unidade da ação solidária. Nesse sentido rompe radicalmente com os símbolos da sociedade hierarquizada, em especial delimitando seu terreno claramente frente ao Estado e aos seus sucedâneos – partidos, igrejas, etc. Somente assim consegue levar a cabo a completa negação dos modelos capitalistas e autoritários de organização e gestão – que são caracteristicamente hierarquizantes, centralizadores das decisões e sistemas de reprodução de desigualdades.
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Messagepar lucien » Mardi 29 Jan 2008 7:52

Ok sur ce qui est dit (je n'ai lu que les passages en gras) sauf ceci, que je trouve un peu réducteur (les attaques contre le système ne doivent pas se concentrer au seul outil de production - cf. la discussion "mangez solidaire" !) :
Como princípio do anarkismo a autonomia operária se expressa pela ação direta contra o capital, realizada a partir dos locais de produção, que são a espinha dorsal do capitalismo.
Ou alors je lis très mal le bengali... :roll:
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Messagepar Paul Anton » Jeudi 21 Fév 2008 11:59

Oui, c'est vrai .... Une traduction serait appréciée. :D
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