par SOLIDARITE » Mardi 25 Mai 2010 0:21
Je continue de publier ici les récits d'activité des compagnons de la section Brésilienne, en plein redémarrage militant.
Atividade Anarquista de 22 maio – Voto Nulo 2010 e Memória do 1º de Maio
Aconteceu uma panfletagem mini-comício sobre o Voto Nulo e a Memória do 1º de Maio no dia 22 de maio de 2010 no Centro de Convivência de Campinas. Companheiros de Piracicaba e do Fenikso Nigra fizeram a entrega de panfletos da campanha Vote Nulo – Não sustente parasitas! E panfletos/cadernos sobre Trabalho, também jornais A Plebe.
Contou com falas sobre os dois assuntos, quebrando a harmonia burguesa, quase sagrada do ambiente “comercial” e cultural das elites.
O que chamou atenção foram dois fatos, a ida de uma senhora que se dizia da Secretaria da Cultura pedindo que saíssemos do local (estávamos a um hora e meia no local, nas vistas da Guarda Municipal que não interferiu em nenhum momento). Alegamos que o espaço era publico e que exercíamos nossa liberdade de expressão, além de solicitarmos o documento que proibia o que fazíamos, o qual ela não possuía. Como ela não conseguiu nos remover, saiu.
Logo após, já para sairmos o outro fato foi a chegada de três ou quatro jovens, que aparentemente eram de alguma juventude católica ou evangélica, com a intenção de provocação, já que não conseguiam conversar de forma racional e respeitar nosso ponto de vista sobre a questão religiosa. Chegamos a oferecer nosso microfone a eles, mas não quiseram falar. Disso tudo, entendemos que é urgente produzir e resgatar as práticas anticlericais de outrora, através de comitês sobre o assunto. Essas instituições possuem todos os meios, são parceiros do Estado, alimentam a máquina, domesticando e distraindo nossa gente dos pontos importantes de agora, que nos oprimem e exploram, para assuntos de cunho intimo, indivídual, ou seja, dividem e isolam nossa classe para controlá-la religiosamente. No caso, a total falta de respeito desses fanáticos não foi só contra o anarquismo, mas também contra homossexuais e outras religiões, das quais não reconhecem como também “divinas”, evidenciando o caráter totalitário do credo que defendiam (cristão).
Só podemos lamentar que as religiões ainda continuam com práticas autoritárias, intolerantes com o próximo. Se uma religião oprime ou explora qualquer um, é nossa inimiga.
De final, ficou concordado que faremos outra atividade no mesmo local, em junho, provavelmente sobre questões do trabalho e sarau anárquico na praça (poesias, textos literários anárquicos e músicas libertárias).
Saúde e anarquia a todxs!!!
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CRÔNICA DA MANIFESTAÇÃO DE 1º DE MAIO EM SÃO PAULO
Escrito por Sindivários São Paulo
Qua, 19 de Maio de 2010 20:02
1º DE MAIO DE LUTA PROLETÁRIA, REVOLUCIONÁRIA E LIBERTÁRIA
Iniciado com manifestações locais, marcadas por panfletagens e agitações nos bairros, já nas primeiras horas da manhã do 1º de Maio de 2010, quando a classe operária completa 124 anos de luta por pão e liberdade, desde a grande greve do meio-oeste americano em 1886, da prisão e morte dos mártires de Chicago, a FOSP/COB-ACAT/AIT estava nas ruas. Já nessas manifstações nos bairros se passava o Manifesto de 1º de Maio da FOSP, bem como a convocatória para a Manifestação unificada das Seções e Núcleos da Grande São Paulo, que se inciaria a partir do meio-dia, no antigo Mercado de Escravos da cidade de São Paulo, na Ladeira da Memória – ao lado da Praça das Bandeiras e do Metrô Anhangabaú.
A Concentração na Ladeira da Memória crescia a medida que o pessoal ia chegando das agitações locais, nos bairros ou cidades da Grande SP. As 13 horas, com a presença de mais de 50 camaradas libertários e nucleados pró-COB/AIT, iniciamos a Assembleía Popular, decidindo não aceitar as provocaçõesde partidos e policiais, e evitar perder o caráter operário da nossa manifestação. Decidimos sair em Passeata, com faixas e bandeiras da FOSP/COB-AIT, em direção a praça Ramos de Azevedo e de lá seguir em Passeata até a praça da República, onde realizariamos nossa Assembleia Popular de 1º de Maio.
Chegamos na praça Ramos gritando palavras-de-ordem: ‘LUTAR CONTRA O CAPITAL, LIBERDADE SINDICAL!’, ‘VOTE NULO, NÃO SE ILUDA, VOTE NULO E VÁ A LUTA!’, ‘ A CLASSE OPERÁRIA É INTERNACIONAL!’. Na praça Ramos encontramos vários punks e populares observando, de longe, uma manifestação do partido trotskista POM em parte das escadarias do Eatro Municipal – que estãá fechado para reforma a mais de dois anos. Como estavamos munidos de uma aparelho de som adaptado sobre um carrinho, estilo rádio poste, nos instalamos em meio a praça e ao povo que observava a manifestação do POM e começamos a fazer nossos discursos contra o capital , o Estado e os partidos políticos – em especial, nesse ano de eleições majoritárias. Como, ao final, atraimamos mais atenção do que a manifestação deles eles resolveram fazer um chamamento a unidade e propuseram que falassemos ao microfone e fizessemos a manifestação conjunta. Falamos no microfone deles e frisamos que qualquer proposta de unificação da classe trabalhadora deve vir diretamente da necessidade prática da luta revoluciopnária e não de partidos políticos , que rejeitavamos. Essa unidade proletária, surgida de baixo para cima, deveria ter como valor máximo a solidariedade na luta, em especial por liberdade de organização – onde colocamos o problema da FOSP e da COB, que por não querer manter vínculos com o Estado, em nome da autonomia sindical, não conseguia ser legalizada! Isso nos mantem como uma organização clandestina, sujeita a todo tipo de sanção, colocamos essa questão para explicar que é algo que vem acontecendo com a AIT-IWA em todo o mundo: citamos a prisão do Secretariado da A SI/AIT, na Sérvia, e a questão da FAU-IWA, colocada na ilegalidade na Alemanha. Por fim, anunciamos nossa retirada da praça Ramos em direção a praça da República, onde realizariamos uma Assembleia Popular, para discutir as lutas e a preparação de uma grande grevve geral anti-capitalista, para a qual os chamamos em nome dessa unidade. Eles preferiram ficar na praça e continuar sua pequena manifestação. Nos retiramos em cerca de 200 pessoas e subimos a Barão de Itapetininga em direção a República, gritando palavras-de-ordem: ‘OCUPAR, PRODUZIR, AUTOGERIR!’, ‘ARROZ, TESÃO, SAÚDE E AUTOGESTÃO!’, ‘POVO UNIDO GOVERNA SEM PARTIDO!’, ‘POVO ORGANIZADO GOVERNA SEM ESTADO!’. Eram então por volta das 14:30 hs.
Na Barão, devido ao alto movimento, e buscando arregimentar pessoas para participar da manifestação, fizemos dua paradas com várias pessoas fazendo uso da palavra. A participação das pesssoas que estavam na rua, só fazia crescer nossa manifestação. Seguiamos a passeata com nossas palavras-de-ordem. Ao chegar na praça da República, onde ocorria a Feira de Artesanato, a Polícia Militar – buscando nos dispersar – fechou a entrada da República, do lado da Avenida Ipiranga. Reagimos com agilidade, evgitando a confrontação e atravessando a praça da República, por baixo, para entrar na praça pelo outro lado. Ao chegar na região da rua Vieira de Carvalho, as pessoas , epontaneamente, decidiram fechar a pista – o que quase provocou um racha na manifstação, já que várias pesoas achavam que o mais certo seria entrart logo na República e realizar a Assemb léia Popular, antes que a PM fechasse por ali também. Nesse momento pudemos faze uma avaliação do número pessoas presntes na manifestação , cerca de 500 – 400 fechavam a rua. Enquanto discutiamos se irimos na Republica ou não começaram a surgir vários carros da policia para dispersar a manifetação. Novamente agimos rápido, ao perceber que nos cercavam, voltamos em asseata e nos dirigimos a praça da República , para realizar a Assembléia. (15 hs)
Ao chegarmos na pça. da República, por volta das 16:30 hs, nos instalamos e demos início às discussões da ASSEMBLEÍA POPULAR. Lá estava ocorrendo a Feira de Artesanato e todos ficaram atentos aos nossos discursos, muitos apoiavam. Eramos então cerca de 500 pessoas. A Assembléia foi tensa – devido a presença da polícia e a ira de vários manifestantes que faziam discursos anti-militares e pela liberdde de manifestação. Existia a possibilidade de confronto, mas fizemos ver a todos a importância da discussão coletiva , que se deu com a palavra aberta a todos. Discutimos a questão da Greve Geral e das lutas lançadas pela FOSP/COB-AIT, na periferia da Assembléia miltantes conversavam com as pessoas que se aproximavam sem entender bem o que se passava.
Por volta das 16:30 hs, após a discusão de sairmos em Passeata ser derrotada, uma parte dos manifestantes se retira em Passeata até a pça. da Sé e em seguida para a Roosevel, onde haveria uma Gig de Protesto. A assembleía Popular prosseguiu, discutindo os temas sindicais da FOSP, sempre com o microfone aberto, se encerradno por bota das 17:30 hs. Em seguida houve a dispersão da manifestação, mas vários militantes da FOSP decidiram retornar ao Mercado de Escravos para lá dar in[ico a avaliação geral da manifestação. Vários aspectos foram levantados por diferentes pessoas e simpatizantes que nos acompanharam até o fim das discussões.
A avaliação geral foi de que a manifestação foi vitoriosa e positiva – apesar das falhas que naturalmente ocorrem em manifestações públicas marcadas pelo espontaneísmo, não pela disciplina partidária -, pois se demosntrou certa insegurança – devido a falta de experiência dos jovens militantes – o que permitiu certa confusãoentre o discurso sindical da FOSP e o discurso punk de várias organizações locais. Mas tudo foi também uma imporortante fonte de experiência para todos, sendo que vários militantes – além dos Coordenadore da FOSP – tomaram a palavra, ainda que timidamente. Encerramos as discussões por volta das 18:30 hs e então nos dispersamos, cansados, mas felizes pela manifestção que realizamos, marcando com louvor , mai uma vez , o 1º de Maio de Luta Proltária. Revolucionária e Libertária.
VIVA A FOSP!
VIVA A COB/AIT!
VIVA A LUTA E O EXEMPLO DOS MÁRTIRES DE CHICAGO!!!